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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Com atrações ecológicas, Ilha do Mel recebe turistas o ano todo

Turismo Paraná (Foto: Editoria de Arte/G1)
A Ilha do Mel é um dos pontos turísticos mais procurados no litoral do Paraná, seja em alta temporada (de dezembro a março), ou nos meses tradicionalmente menos requisitados pelos turistas. Com 38 km de extensão, as principais atrações da Ilha são o turismo ecológico, esportivo e histórico.
Administrada pelo município de Paranaguá, a Ilha do Mel foi tombada como patrimônio histórico do estado em 1982. Razão pela qual as regras de preservação e expansãodo local são rigorosas, e observadas de perto pelos 1,5 mil habitantes.
Quatro vilas compõem a Ilha – Encantadas, Brasília, Farol e Fortaleza, todas com estruturas turísticas próprias.
O acesso à Ilha do Mel se dá por Pontal do Paraná ou Paranaguá, de barco. De Pontal, as travessias são feitas entre as 8h e as 20h, com intervalos de meia hora em dias de semana, e de hora em hora nos fins de semana. De Paranaguá são sete travessias por dia, entre as 8h30 e as 18h.
Os pontos de desembarque são em Encantadas e Nova Brasília, e existe a ligação via barco entre os dois pontos da Ilha.
As passagens custam R$ 28 para ida e volta em Pontal e R$ 30 em Paranaguá, mais a taxa de visitação de R$ 3.
O Farol das Conchas foi erguido em 1872, para auxiliar a navegação (Foto: Divulgação)O Farol das Conchas foi erguido em 1872, para auxiliar a navegação (Foto: Priscila Forone/Sebrae)
História
De acordo com a administradora da Ilha do Mel, Suzi Albino, as construções mais antigas e que ainda estão preservadas são a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, construída no século 18 para proteger a entrada da ilha, e o Farol das Conchas, que data de 1872.

Guia Ilha do Mel (Foto: Editoria de Arte/G1)
As duas edificações remontam aos tempos do Império, e auxiliavam na função da Ilha como entreposto de escravos. “A Inglaterra começou a boicotar os países que realizavam o tráfico de escravos, então os navios portugueses começaram a evitar os portos mais visados. Eles precisavam encontrar outras maneiras de desembarcar, e assim a Ilha do Mel começou a se desenvolver”, conta.
A Inglaterra começou a boicotar os países que realizavam o tráfico de escravos, então os navios portugueses começaram a evitar os portos mais visados. Eles precisavam encontrar outras maneiras de desembarcar, e assim a Ilha do Mel começou a se desenvolver"
Suzi Albino, administradora da Ilha
Os escravos que chegavam eram tratados contra o escorbuto, doença comum nos passageiros de navios na época, causada pela falta de vitamina C. Eles permaneciam em quarentena, e aqueles que não eram vendidos começaram a povoar o local. Na mesma época, índios utilizavam a Ilha para plantação de mandiocas, o que viria a ser o motivo do nome de batismo.
Conta Suzi que por volta de 1840 uma expedição de origem da Capitania de São Paulo chegou à Ilha em busca de ouro e prata. Como só encontraram mandiocas, um cartógrafo alemão resolveu nomear o lugar com o equivalente a “farinha” no idioma alemão – Mhell – o que depois seria adaptado para a nomenclatura atual. Desta forma, com escravos, índios e marinheiros, se deu o princípio de colonização da Ilha.
Origem do turismo
A Ilha do Mel passou a ser vista como ponto turístico entre os anos 20 e 30, segundo Suzi. É considerada o primeiro balneário do Paraná, e nesse período recebeu uma colônia de alemães que ajudou no desenvolvimento da região.

Essa etapa durou até a 2ª Guerra Mundial, quando a Fortaleza foi ocupada pelo exército para auxiliar na defesa da costa brasileira. A preocupação que levou o governo a requisitar a Ilha do Mel como base foi a proximidade da Argentina, que era aliada da Alemanha no confronto. “O Forte foi ocupado por quase 10 anos, e essa vila foi ocupada por militares. Nessa época as pessoas não podiam desembarcar aqui”, diz Suzi.
O ponto chave para a consolidação do potencial turístico foi o interesse de um grupo em transformar a Ilha do Mel em um grande Resort, o que levou ao tombamento, em 1982
A administradora conta que o potencial turístico da Ilha foi reaceso nos anos 60 com a chegada dos hippies, dos práticos e pessoas que procuravam o local para praticar o nudismo. Mas o ponto chave para a consolidação desse potencial foi o interesse de um grupo de portugueses de transformar a Ilha do Mel em um grande Resort, que mobilizou a sociedade e levou o governador da época, Ney Braga, a determinar o tombamento, em 1982.
Os terrenos do local passaram a ser demarcados, geradores de energia passaram a abastecer as casas até a implantação da luz elétrica, e as pousadas informais passaram a ser constituídas. O “boom”, como classifica Suzi, foi a chegada da telefonia e luz através dos cabos submarinos há cerca de 12 anos. “Eu estou aqui desde 1991, quando só tinha quatro pousadas. Hoje tem quase cem”, diz a administradora, que também é proprietária de uma hospedagem.
Restrições
Tramita na Assembleia Legislativa do Paraná uma lei que determina como a Ilha do Mel deve ser administrada, que deve incluir um plano de sustentabilidade do local. Atualmente, não é possível nenhuma nova construção no local.

Os terrenos são padronizados, com média de 500 metros quadrados cada, e permissão para construção em apenas 38% da área. A altura máxima de edificação permitida é de 5,9 metros. Enquanto a Prefeitura de Paranaguá é responsável pelo serviços de coleta e transbordo do lixo para o continente, funcionalismo, escolas, dentre outros, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) cuida da área ambiental.
A Ilha do Mel possui limite de pessoas simultaneamente no local – 5 mil. Só é possível a entrada de pessoas através de barco, via Pontal do Paraná ou Paranaguá. Não são permitidos veículos motorizados.
A praia de Encantadas é uma das opções de estadia para quem visita a Ilha do Mel (Foto: Divulgação)A praia de Encantadas é uma das opções de estadia para quem visita a Ilha do Mel (Foto: Divulgação)
Atrações
Os turismos ecológico e esportivo respondem pela maior parte das visitas à Ilha do Mel, de acordo com Suzi. Trilhas, a Baía dos Golfinhos, passeios de bicicleta, pesca, mergulho, surfe, paraglider, parapente, travessias e corridas rústicas são algumas das opções procuradas pelos turistas. O Forró Nativo e diversos bares animam a noite na Ilha do Mel com música ao vivo, sempre acústica.

Outro ponto forte é a gastronomia, que oferece pratos típicos da Ilha, como a tainha assada, a farofa de mexilhões, a moqueca e o arroz lambe-lambe. Esse último chama a atenção por ser um arroz feito com mexilhão, de forma que a comida fica dentro da concha e obriga quem come a utilizar as mãos e lamber a concha.
Com menos apelo, mas forte conteúdo histórico, o Farol e a Fortaleza, guardam relíquias dos tempos de atividade, cuidadosamente preservados.
Suzi ressalta ainda que a Ilha do Mel, ao contrário da maioria dos balneários paranaenses, não sobrevive apenas na alta temporada. “Na baixa temporada existe turismo de muitos estrangeiros em busca de temperaturas amenas, a movimentação de pesca da tainha, o ano inteiro a Ilha está aberta, recebendo o pessoal”, afirma. As pousadas e campings têm preços variados, e, segundo a administradora, “tem para todos os gostos”.
Dica
Não existem caixas eletrônicos na Ilha do Mel. Alguns estabelecimentos aceitam cartões de débito e crédito, porém é aconselhável levar dinheiro em espécie, já que a conexão telefônica pode falhar.
Fonte - G1

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