
Remédios, óleo, lâmpadas, móveis e eletrônicos devem ser dispensados de maneira adequada para que possam ser reaproveitados de modo a não prejudicar o meio ambiente
Publicado em 01/06/2012 | ANDERSON GONÇALVES
“Nada se perde, tudo se transforma”. O enunciado da famosa Lei de Lavoisier nunca fez tanto sentido como nos dias atuais. Cada vez mais produtos que antes iriam parar no lixo ganham nova destinação: são reaproveitados na produção de outros materiais ou então conduzidos a locais onde não causarão maiores prejuízos ao meio ambiente.
E não se trata apenas do “lixo que não é lixo”, que compreende materiais recicláveis como vidro, plástico, papel e metal. Medicamentos vencidos, eletroeletrônicos danificados, móveis velhos e óleo de cozinha usado estão entre os produtos a que a população pode dar um destino melhor, em vez de simplesmente deixá-los perecer em um depósito.
E não se trata apenas do “lixo que não é lixo”, que compreende materiais recicláveis como vidro, plástico, papel e metal. Medicamentos vencidos, eletroeletrônicos danificados, móveis velhos e óleo de cozinha usado estão entre os produtos a que a população pode dar um destino melhor, em vez de simplesmente deixá-los perecer em um depósito.
Serviço
Veja como destinar produtos inservíveis:
Curitiba
Recicláveis: O programa Câmbio Verde troca material reciclável por hortifrutigranjeiros. Lixo tóxico: lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, medicamentos vencidos e óleo de cozinha usado podem ser entregues em terminais de ônibus. Veja o calendário em www.curitiba.gov.br ou pelo telefone 156. Tecnológico: coletados pelo Lixo que não é Lixo ou pelo Instituto Brasileiro de Ecotecnologia – . Roupas e móveis: o Provopar recebe material em condição de uso, na Rua Dr. Muricy, 950 –.
Ponta Grossa
Recicláveis: Associação de Catadores de Uvaranas – Rua Carlos Cavalcanti, s/n –. Lâmpadas fluorescentes: Balaroti – Rua Saldanha Marinho, 90 – . Roupas e móveis usados: SOS – Rua Joaquim Nabuco, 59 –. Garagem da Esperança – Rua XV de Novembro, 439 –(42) 3027-7090
Londrina
Roupas e móveis usados: Provopar – Av. Juscelino Kubsticheck, 2.882 – . Lar Anália Franco – Av. Anália Franco, 33 –. Casa Abrigo Pão da Vida – Rua Bélgica, 959 –. Casa do Bom Samaritano – Rua José Fierli, 153 –.
Maringá
Recicláveis: Coopernorte – Rodovia PR 461, 200 –. Coopervidros – Rua João Rufato, 7.150 – . Coopercanção – Rua Pioneira Gertrude Fritzen, 5.472 – . Coopercicla – Avenida Guaíra, 184 – .
Trezentas toneladas mensais
Grande parte do lixo reciclável coletado nos municípios paranaenses vai para cooperativas de catadores, que realizam a triagem do material e o comercializam para empresas que fazem o reaproveitamento em sua produção. Em Ponta Grossa, a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis mantém quatro barracões e recebe vidro, plástico, papel, metal e papelão. O que não é aproveitado é destinado para o aterro controlado do município. Por mês, são coletadas na cidade cerca de 300 toneladas de produtos recicláveis. Atualmente, cerca de 100 pessoas fazem parte da cooperativa e tiram seu sustento da reciclagem.
Lixo que não é Lixo
Em Curitiba, a coleta seletiva funciona desde 1989. Com o programa, materiais recicláveis são coletados nos domicílios e encaminhados para a Usina de Valorização de Recicláveis, depósitos credenciados ou associações que separam e comercializam o material.
Essas iniciativas estão amparadas na chamada logística reversa, a qual dispõe que o fabricante, importador, comerciante ou distribuidor de qualquer produto no mercado seja responsável por dar nova utilização a esses produtos. A medida está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos e deve ser implantada em todo o país até 2014. Por enquanto, a maior parte desses encaminhamentos ainda está nas mãos de prefeituras e ONGs.
Há uma gama de produtos que merecem atenção redobrada: pilhas, baterias, toners, embalagens de inseticida, tintas, colas, solventes e lâmpadas fluorescentes, o chamado lixo tóxico. Por conter materiais poluentes e que oferecem riscos à saúde, esses materiais não devem ser descartados na natureza. A coleta na capital é feita nos 24 terminais de ônibus, onde uma vez por mês um caminhão recebe o material, desde que em pequenas quantidades. “Esse material é encaminhado a empresas especializadas, que o transformam em resíduos industriais”, explica o diretor do Departamento de Limpeza Pública da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Edélcio Marques dos Reis. Óleo de cozinha usado e medicamentos vencidos também são recebidos. O calendário de coleta está disponível no endereço
www.curitiba.pr.gov.br/multimidia/00114066.pdf
www.curitiba.pr.gov.br/multimidia/00114066.pdf
Medicamentos
Remédios vencidos ou que deixaram de ser utilizados após um tratamento não devem ser jogados no lixo comum devido ao risco de contaminação. Segundo o Conselho Regional de Farmácia (CRF), algumas farmácias e unidades de saúde recebem esses medicamentos. Um projeto de lei do deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB), aprovado nesta semana pela Assembleia Legislativa, exige que os fabricantes efetuem o recolhimento.
Móveis e vestuários considerados inservíveis também podem ganhar nova utilidade. O Provopar – Programa de Voluntariado Paranaense – recebe durante o ano inteiro roupas, calçados, cobertores, móveis e eletrodomésticos em condições de uso. Se o móvel estiver deteriorado, basta ligar para o serviço 156 da Prefeitura de Curitiba, que fará o recolhimento em domicílio.
Interior
Cooperativas fazem coleta em outras cidades
Em alguns municípios do interior, a coleta de produtos recicláveis e materiais inservíveis é feita pelas prefeituras e por instituições cooperativas. Em Londrina, o descarte de eletrônicos tem ajuda da ONG E-lixo, que atua em 30 cidades da região. “Cerca de 90% do que coletamos é material de informática”, conta o idealizador e presidente da organização, Alex Gonçalves.
Cerca de um quarto do que é recebido chega à ONG em perfeito funcionamento. Parte desses aparelhos é doada para instituições, escolas e até órgãos públicos. O restante é vendido na loja da ONG, cuja renda é aplicada nas despesas. Os aparelhos que não têm recuperação são encaminhados para reciclagem. Em Maringá, quatro cooperativas recebem todo tipo de lixo reciclável, além de produtos como sofás e roupas usadas.
No Oeste, a Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu reúne 600 catadores de recicláveis. Outros mil fazem o serviço de forma autônoma. Um plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos deve começar a ser empregado em Foz no próximo ano e prevê a destinação correta e certificada para todo tipo de lixo.
* Colaboraram Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa, Juliana Gonçalves, correspondente em Londrina, Erick Gimenes, da Gazeta Maringá, e Fabiula Wurmeister, da sucursal de Foz do Iguaçu.

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