
O Centro de Estudos do Mar (CEM) prepara o lançamento da segunda boia de monitoramento meteorológico e ambiental no litoral do Paraná.
O CEM, unidade da Universidade Federal do Paraná, instalado em Pontal do Paraná desenvolve há quatro anos o programa de monitoramento de parâmetros ambientais costeiros. Há três meses, com apoio da Capitania dos Portos do Paraná (CPPR), lançou a primeira boia meteoro-oceanográfica nas proximidades do Canal da Galheta, principal acesso ao Porto de Paranaguá. Formado por três boias, o sistema completo deverá ser instalado até 2015.
Antes de ser lançada ao mar, a boia permaneceu na sede da Capitania para ser montada. Neste período, alunos e professores do Centro de Estudo do Mar (CEM), da UFPR, visitaram o local para verificação da tecnologia empregada.
“Avaliamos a tecnologia que seria utilizada para, então, montarmos a proposta de aquisição, iniciarmos o processo de licitação, a compra do equipamento e a importação das peças. No futuro será normal ter este tipo de boia ao longo da nossa costa”, declarou o professor Eduardo Marone que, junto com os professores Maurício Noernberg e Marcelo Dourado integram o Grupo de Física Marinha do CEM, responsável pelo projeto.
Pesquisas
A boia meteoro-oceanográfica possui sensores meteorológicos que captam informações sobre velocidade e direção do vento, temperatura do ar e da água, pressão, radiação solar, correntes e marés, além da salinidade do mar.
A instalação da boia também facilitou os procedimentos para a captação de dados. Anteriormente, os pesquisadores da UFPR precisavam sair ao mar, transportando instrumentos para coletar dados que, muitas vezes, não forneciam informações em tempo real. A partir de agora, os registros serão disponibilizados diretamente para os pesquisadores em seus laboratórios e, posteriormente, também para a comunidade, na Internet, com acesso livre aos dados.
“Ter as informações no momento em que elas estão ocorrendo facilita muito e é um importante diferencial para as pesquisas. Nos últimos 20 anos, os estudos tem ido ao encontro da Oceanografia Operacional, que fornece em tempo real o que está acontecendo no mar”, explicou o professor Marone.
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