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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

“Internet das coisas” enfrenta barreiras


 / Em pouco tempo, o celular ou o notebook deixarão de ser os únicos aparelhos conectados à internet em sua casa. Escovas de dente, termostatos, geladeiras, pulseiras, camisas e até mesmo mamadeiras já fazem parte da fauna high tech que compõe a chamada internet das coisas – conceito que envolve dispositivos dotados de sensores capazes de receber e transmitir informações. Impulsionada pelo boom da internet móvel e da computação em nuvem, esta tecnologia tem recebido investimentos de multinacionais e monopolizou as discussões na Futurecom 2014, em São Paulo, o maior evento do mercado de TI e telecomunicações da América Latina. Apesar da empolgação, a internet das coisas ainda precisa vencer barreiras para ser adotada em larga escala por consumidores e indústrias, principalmente no Brasil – país em que os projetos ainda são incipientes. Confira a seguir alguns entraves que, se superados, podem se transformar em oportunidades de negócio e novos produtos.
Whistle Monitor
Funciona como uma pulseira inteligente de fitness, mas para animais de estimação. Ao ser presa a uma coleira, o dispositivo capta o movimento dos animais e rotas percorridas, enviando a um app informações sobre a saúde do pet e metas de exercícios.
Campainha inteligente
A Skybell possui uma câmera acoplada e, assim que é tocada, envia um alerta para o celular do usuário, que pode enxergar o visitante em tempo real por um aplicativo.
Padronização
Estabelecer padrões para que aparelhos domésticos de diferentes fabricantes e com utilidades diversas sejam compatíveis entre si é um dos principais desafios para se chegar ao ideal de “casa inteligente”. A Samsung, Intel e Dell se uniram há alguns meses em um consórcio que tem como meta resolver problemas de segurança e estabelecer como os dispositivos conectados operam em conjunto. O problema é que já há outro movimento concorrendo por esse padrão de comunicação, trazendo alguns pesos pesados da tecnologia como Microsoft, LG e Qualcomm. A tendência é que a disputa entre esses grandes players se estenda, tornando mais difícil a adoção de um padrão único em larga escala. “Não adianta mais nenhum player querer proteger seu espaço. Não existe mais um espaço a ser protegido, mas sim uma indústria em transformação em que esses players precisam trabalhar juntos”, reforça a diretora de soluções de transporte da Ericsson para a América Latina, Marise Luca.
Regulação
O Marco Civil da Internet, aprovado neste ano, foi considerado um avanço ao instituir a chamada neutralidade da rede e prever o armazenamento de registros de usuários pelas operadoras por até um ano. Por outro lado, há quem diga que a legislação já “nasceu” velha ao não prever a nova realidade que se apresenta com a internet das coisas. A maior preocupação é com a privacidade dos dados emitidos por dispositivos do usuário e o acesso que as empresas podem ter a esse tipo de informação – a BMW, por exemplo, já desenvolveu um carro que permanece conectado 100% do tempo e consegue rastrear o percurso do motorista, assim como o número de ocupantes.
“O principal impacto será social, com a falta de privacidade que essa realidade vai gerar. É muito importante para a evolução desse assunto saber como as empresas e a sociedade vão tratar esses dados”, diz o presidente da HITSS Brasil, Mário Rachid.
Infraestrutura
Objetos conectados geram tráfego de dados, o que vai demandar uma maior cobertura, melhor velocidade e qualidade de conexão à internet. A necessidade por banda é um prato cheio para as operadoras de telefonia, desde que seja superada a burocracia na instalação de novas antenas. Paralelo a isso, empresas de tecnologia, como a Qualcomm e Alcatel-Lucent, têm investido no desenvolvimento de alternativas para atender principalmente a demanda por dados.
Modelo de negócios
A internet das coisas está no radar tanto de pequenas startups quanto de gigantes de tecnologia. Uma das questões em aberto é qual será o papel de cada player neste novo mercado e como empresas de outras áreas – como telefonia e provedores de internet – serão impactadas por estas soluções. A Vivo, por exemplo, apresentou durante a Futurecom seu sistema de carro conectado e um kit de desenvolvimento voltado para internet das coisas.
“Estamos vendo uma nova tecnologia, com um novo conceito que se coloca à disposição da comunidade em geral. E com isso vem a ansiedade natural, o medo de que isso quebre modelos de negócios. Mas hoje, em qualquer indústria, já existem modelos factíveis e rentáveis de serem implementados. A discussão maior é como traçar esse caminho”, reforça o sócio de Management Consulting da KPMG no Brasil Frank Meylan.
Arquitetura alternativa
A internet das coisas também precisará enfrentar desafios mais técnicos. Um deles envolve a identificação de forma única dos dispositivos. A numeração atual não comportaria a avalanche de novos aparelhos, que devem chegar a 50 bilhões nos próximos seis anos. Um novo protocolo de identificação, chamado de IP versão 6, terá de ser adotado. “Essa transformação exige mexer em servidores, equipamentos das redes, sistemas corporativos, o que não ocorre da noite pro dia”, explica o professor da FGV Raul Colcher.
Investimento público
A internet das coisas também uma grande oportunidade de negócios para o setor público. No entanto, é preciso avançar não só na regulação, como também no incentivo a este mercado. Algumas medidas começaram a aparecer este ano: o governo aprovou em maio a desoneração fiscal de equipamentos M2M (machine to machine)e, mais recentemente, o Ministério das Comunicações criou uma câmara temática para envolver setor privado e outras instâncias na formação de políticas públicas para o setor.
O repórter viajou a convite do evento.



Fonte- Gazeta do Povo

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