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segunda-feira, 14 de maio de 2012

As formações de manguezais, Ocupação do Canal do Anhaiá, Paranaguá/PR


As formações de manguezais situadas nas proximidades do Porto de Paranaguá tem sofrido intensa degradação pelo uso antrópico, seja devido à sua conversão para local de moradia, devido ao extrativismo indiscriminado de seus recursos (madeira e lenha, principalmente), ou seu uso para descarte de diversos tipos de resíduos, tais como esgotos sanitários, efluentes industriais e lixo doméstico.

Além desta situação, havia uma porção degradada devido a um assoreamento. Esta área foi selecionada para a implantação de um experimento de recuperação, iniciado no primeiro semestre de 2000.

Para o trabalho de recuperação utilizou-se como base a realização de uma avaliação do contexto atual dessas porções do mangue e seu entorno, verificando-se aspectos relacionados às características do sedimento, cobertura vegetal e degradação ambiental.
Ocupação do Canal do Anhaiá, Paranaguá/PR

EXPERIMENTO DE RECUPERAÇÃO

 Materiais e Métodos
O experimento foi implantado em área onde o manguezal outrora existente havia morrido integralmente devido ao assoreamento. Nesta área de cerca de 500 m2, foram implantadas 3 parcelas, cada uma com  150 m2:
  
Parcela A: neste local promoveu-se a remoção do material oriundo do assoreamento, que chegava a representar
  uma camada de até 20 cm de espessura sobre o sedimento original;
Parcela B: neste local optou-se em manter o sedimento como se encontrava;
Parcela Testemunha: mantida em estado natural, visando acompanhar a regeneração natural ao longo do tempo.

Assim sendo, implantou-se na data de 13 de abril de 2.000, 150 mudas por parcela com espaçamento de 1,0x1,0 m, sendo 90 mudas de Rhizophora mangle, 48 de Avicennia schaueriana e 12 de Laguncularia racemosa. Utilizou-se a mesma proporção e distribuição de mudas em cada uma das parcelas,  sendo a Parcela B o espelho da Parcela A.

No momento do plantio das mudas em cada parcela, obteve-se a  altura inicial de cada muda, a qual é reavaliada anualmente.

A sobrevivência das mudas é avaliada permanentemente desde o início do experimento. Inicialmente esta análise era efetuada quinzenalmente, quando o experimento passou a apresentar maior estabilidade, esta atividade passou a ser mensal.

Visando repor as mudas que morreram ao longo do tempo, por questões naturais ou ações antrópicas (vandalismo), foram realizados diversos replantios ao longo do ano de 2001.  As mudas utilizadas neste replantio eram oriundas do viveiro implantado no local ou de transplante da regeneração natural.

Assim sendo, considerando-se o período do experimento referente a abril de 2000 a fevereiro de 2003, há mudas remanescentes com idades variadas:  33 meses, 18 meses,  16 meses, 15 meses e 13 meses.
  
 Resultados do ExperimentoNas parcelasDesde o princípio do experimento, verificou-se um maior índice de sobrevivência das mudas na Parcela B. Mesmo com seguidos eventos de replantios, a mortalidade ao longo dos anos foi sempre mais expressiva na Parcela A do que na Parcela B, onde não ocorreu a remoção de sedimento.

Também verificou-se uma maior sobrevivência das mudas oriundas da regeneração natural, transplantadas na área do experimento, com destaque à Avicennia schaueriana.

Os resultados parciais deste experimento foram apresentados em maio de 2003 na Conferência Internacional Mangrove realizada em Salvador/BA (SESSEGOLO, G.C. Experimento de Recuperação de Manguezal na Baía de Paranaguá/PR: resultados obtidos. In: Mangrove 2003: articulando a pesquisa e gestão participativa de estuários e manguezais. Salvador/BA, 2003).
   
 Parcelas testadas no experimento


Parcela A em janeiro/1999
  
Parcela B em janeiro/1999
  
Parcela A em julho/2001
 
Parcela B em julho/2001
 
Detalhe da Parcela A em março/2003Parcela B em março/2003
Parcelas em julho/2005
Parcelas em outubro/2006

Fonte - Ecossistema Consultoria Ambiental/Fospar S.A./Cargill S.A.

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