Dilma deve fazer um veto parcial ao texto e enviar ao Congresso uma Medida Provisória que preencha o que considera lacunas deixadas pela lei. incluindo áreas de proteção permanente nas beiras de rios
Considerada uma das maiores derrotas do governo atual no Congresso, a aprovação do projeto do relator Paulo Piau (PMDB-MG) pela Câmara desagradou o Planalto, que preferia o texto que deixou o Senado. A apreciação pelo Congresso já levava mais de dois anos.
Bruno Kelly/Reuters
Novo texto do Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, chegou ao Planalto nesta segunda-feira (7). A presidente Dilma Rousseff tem até o dia 25 de maio para decidir se sanciona ou veta o texto.
O prazo de 15 dias úteis passa a contar nesta segunda. Segundo fontes do Planalto, a presidente deve fazer um veto parcial ao texto e enviar ao Congresso uma Medida Provisória que preencha o que considera lacunas deixadas pela lei. Entre as principais polêmicas está a manutenção de áreas de proteção permanente nas beiras de rios.
"A presidente iniciou uma série de conversas para que o veto não seja anti-democrático", afirmou nesta segunda-feira uma fonte do governo.
Dilma recebeu no final da manhã a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura.
Fontes do Planalto têm repetido que a presidente irá utilizar "todo tempo disponível" para analisar o texto. O plano do governo é divulgar o veto às vésperas da Rio+20, conferência que será realizada no Rio de Janeiro em junho.
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