
Aproximar instituições públicas e privadas, de âmbito Federal e também dos Estados do Paraná e Santa Catarina, em prol da conservação em áreas de Florestas com Araucária e da utilização sustentável dos recursos naturais nestas regiões. Assim pode ser resumido um dos principais objetivos do projeto Corredor das Araucárias.
Após dois anos de atividades (as primeiras ações começaram em janeiro de 2011), representantes das instituições que compõem a Rede Gestora (REGE) do projeto Corredor das Araucárias realizaram sua última reunião nos dias 27 e 28 de novembro, em Curitiba, para apresentar e avaliar os resultados do projeto e aprofundar o Plano de Ação para a continuidade da REGE nos próximos ano.
Paulo Pizzi, coordenador do projeto na SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) explica a importância deste ecossistema associado ao Bioma Mata Atlântica. “Após décadas de degradação, restam menos de 3% da cobertura original da Floresta com Araucária, ou Floresta Ombrófila Mista, na região Sul do Brasil”.
Cinco instituições públicas e seis privadas participam do consórcio que executa o projeto, sendo que outras mais vieram a se integrar na REGE, posteriormente. O Ministério do Meio Ambiente, através do Subprograma Mata Atlântica (PDA) é o financiador da proposta.
O projeto começou com a definição dos limites do Corredor das Araucárias e de suas Áreas Prioritárias de atuação em ambos os Estados. Os municípios nos quais estas áreas estão localizadas foram analisados para a montagem de seus perfis socioeconômicos e ambiental. Um dos resultados de maior impacto social foram as ações demonstrativas de geração de renda e segurança alimentar utilizando práticas de Agroecologia, que não agridem a natureza. A divulgação da iniciativa da SPVS, denominada Programa Desmatamento Evitado, também foi um dos pontos fortes do projeto.
Segundo Pizzi “atualmente, estamos avaliando os Serviços Ecossistêmicos das Unidades de Conservação (UCs) da região dos Campos Gerais. Estes dados irão subsidiar a elaboração de novas propostas visando a implantação e a manutenção destas UCs”. O mapeamento da região, e de todo a área do Corredor das Araucárias foi feito com o auxílio do SIG (Sistema de Informações Geográficas) da SPVS.
Pizzi avalia como positivo os resultados e os produtos construídos de forma participativa pelos integrantes da Rede Gestora, os quais podem dar suporte futuro para novas propostas na região do Corredor. Ele também comentou que o Plano de Ação apresentou várias alternativas para que o projeto não acabe com o término do apoio financeiro do MMA/PDA, sendo as reuniões da REGE mantidas por outras fontes nos próximos anos.
Fonte - SPVS - Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental
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