ISA - CAMPANHA ASILO SÃO VICENTE DE PAULA - CURITIBA

www.aquiseguros.com

Informe

"Este Blog não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes com suas devidas fontes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado"
.

Vamos acabar com a pobreza agora!

terça-feira, 19 de março de 2013

Senado aprova em 1º turno a ampliação dos direitos das domésticas

PEC prevê pagamento de horas extras e jornada semanal máxima de 44 horas. A matéria deve passar por uma segunda apreciação no Congresso
Laryssa Borges, de Brasília
Número de empregados domésticos no mundo é de 52,6 milhões, segundo a OIT
PEC das domésticas: Senado aprova projeto em primeiro turno (Thinkstock)
Por unanimidade, com 70 votos a favor, o plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, em primeiro turno, mudanças na Constituição para garantir a ampliação dos direitos de empregados domésticos. De acordo com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 66/2012, trabalhadores domésticos passam a ter direito a uma jornada máxima de 44 horas semanais e não superior a oito horas diárias. Além disso, deverão receber horas extras remuneradas com valor pelo menos 50% superior à hora normal. Ao todo, são 16 novos direitos.
A proposta também prevê a obrigatoriedade de o empregador recolher 8% do salário do empregado para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os depósitos desses recursos, no entanto, ainda dependem de regulamentação. A PEC deve passar por uma segunda votação no Senado, antes de ser aprovada, prevista para ocorrer já na semana que vem.
Também estão pendentes de futura regulamentação o pagamento de seguro-desemprego a funcionários inscritos no FGTS que sejam demitidos contra a vontade, a remuneração maior para o trabalho noturno, a destinação de salário-família ao dependente do trabalhador de baixa renda e a instituição de seguro contra acidentes de trabalho.
Perfil das domésticas - Dados explicitados na proposta, fornecidos pelo Ministério do Trabalho, mostram o perfil do trabalho doméstico no Brasil. Dos sete milhões de trabalhadores, apenas um milhão tem carteira assinada. Já a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas estima que o número da classe chegue a 9,1 milhões, dos quais 80% são negros e 94%, mulheres.
Além de equiparar o trabalho da categoria aos demais, alguns senadores ampliaram a discussão. “Muito mais do que lavar chão e lavar pia, elas têm dedicado parte de sua vida aos filhos dos patrões. É mais do que trabalho”, afirmou Magno Malta (PR-ES).
Risco - Ao assegurar direitos trabalhistas ao trabalho doméstico, as exigências impostas pela PEC podem colocar em risco a procura pelo trabalho da categoria. Para José Agripino Maia (DEM-RN), a consequência será um aumento na quantidade de diaristas e a diminuição do número de pessoas hábeis a contratar o serviço. A lógica desse pensamento é a de que uma folha de pagamentos onerosa é, em muitos casos, insustentável para determinados patrões - famílias ou empresas. Assim, ao melhorar, com razão, os direitos trabalhistas das domésticas, a PEC deve onerar o custo desse trabalho para os empregadores, aumentando a procura dos patrões pelo serviço informal de diaristas. “Vai ter uma consequência no campo econômico”, alerta o senador. 
Já a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da proposta, afirma que o crescimento pela busca do trabalho informal, de modo a haver preferência pelo serviço de diaristas, pode se dar apenas no início. “Sempre que os trabalhadores avançam nos direitos, vem a mesma conversa do desemprego. Mas isso nunca aconteceu no Brasil. A formalização traz um crescimento”, pondera a senadora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Páginas